sábado, fevereiro 07, 2009

O CIRCO - parte III

O ILUSIONISMO

Eis-nos chegados à parte mais fantástica deste espectáculo, que muitos consideram o "maior espectáculo do mundo", aquela onde normalmente entra um senhor de negro, o Ilusionista, e uma "partenaire" sempre muito vistosa.

Mas neste caso que aqui vos trago, ( sigam o link acima, no título, e vejam a intervenção do dia de de hoje, 07/02/2009 às 18:54) estamos mais perante um Mágico que, após proferir umas palavras supostamente mágicas mas que de apropriado nada têm ( servindo apenas para nos iludir ... quem nunca ouviu dizer que dentro de cada truque há sempre uma "manobra de diversão" ? )com a sua varinha dá 3 TOC's, ops, toques, e ... pasmem-se ... do Coelho ... tira uma Cartola !!

Fantástico !

Não é que perante um Técnico Oficial de Contas, por exemplo trabalhador independente, que por infelicidade calhe de adoecer ou por outro motivo qualquer se vê impossibilitado de exercer de forma plena as suas funções, o Senhor Presidente da Direcção da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas aconselha que, por magia certamente, cada um tem de encontrar na sua estrutura de trabalho, meios, pessoas e soluções para resolver este tipo de problemas.

Espectacular !

Ou seja, imagine-se que eu sou Trabalhador Independente e fico doente.

Tenho de ser eu a desencantar alguém que me possa substituir ( cá estou eu a encontrar as "pessoas" ). Mas ... terei então que lhe fornecer a minha senha, que é pessoal e intransmissível, de acesso às Declarações Electrónicas ? Bom ... isso o senhor Domingues de Azevedo não responde !

Tenho depois de facultar a essa pessoa o acesso livre ao meu escritório, ao meu computador, aos documentos dos meus clientes,( cá estou eu a encontrar os "meios" ) para que ela possa ajudar ? Bom ... isso o senhor Domingues de Azevedo não responde !

Mas também não há problema ! Pois se derivado da minha doença os meus clientes sofrerem penalizações fiscais pelo não envio de declarações, o seguro de responsabilidade civil cobre tudo isso ! Bom ... isso o senhor Domingues de Azevedo já responde !

Como que as funções do Técnico Oficial de Contas se resumissem ao mero e simples cumprimento de obrigações declarativas ! Então e a análise financeira ? E as estimativas ? E o Planeamento Fiscal ? (Só para falar nestas !) Bom ... isso o senhor Domingues de Azevedo , de novo, não responde ! O problema é que talvez não saiba ou não consiga responder ...

De facto isto é pura magia !

Ilusão dirão uns !

Magia verdadeiramente "negra" ... afirmarão outros !

2 Comments:

At 08 fevereiro, 2009 01:32, Anonymous Anónimo said...

Ah! Esqueci-me também de dizer aquando comentei aquelas cenas dos palhaços, que por acaso no ano passado o Ministro dos Negócios Estrangeiros quando estava a menos de uma semana de ir visitar um determinado País - já com todo o protocolo traçado, e delineado - o Snr. Ministro, vejam bem se isto se faz, decidiu adoecer, tanto que até o internaram e até tiveram que o operar. Mas isto só acontece porque estamos em Portugal, porque se fosse num País dito democrático e civilizado, isto não se fazia porque, primeiro, o nosso Ministro devia ter ido lá ao tal País e, só depois de cumprir as suas obrigações é que teria tempo para estar doente e ir para o Hospital. Mas afinal, o que é isso snr. Ministro ? O snr. não sabe que não pode estar doente enquanto estiver a trabalhar nesses 4 anos ? Não sabe, como qualquer trabalhador duma empresa em Portugal, de que tem que avisar de que vai faltar com 5 dias de antecedência, sob pena de esses dias de falta não lhe serem considerados. O snr. Ministro não sabe de que se ao sair da Assembleia da República, ou da Sede do Partido, e se for atropelado por uma retroescavadora e que lhe passe bem por cima, como que se diz "a ferro", enquanto não estiver já dentro do caixão, enterrado e bem enterrado, tem que cumprir com as suas obrigações. Lá está ! Por causa disso, e como o Governo ainda não tinha seguro feito no BES, e para poder honrar os compromissos assumidos, teve que enviar lá ao tal País, o chauffer do subsecretário, do subsecretário, do subsecretário, do subsecretário [(... etc., )( ... estava a ver que nunca mais acabava )]do subsecretário de Estado. Mas vamos lá mudar de assunto, que é como quem diz, de malabaristas !
Agora, fico triste sim, é saber que há tantos Toc's e nenhum - se por exemplo for o meu caso - me pode substituir! É de facto lastimável e lamentável!
Mais de 75.000 inscritos e não tenho um Toc sequer em quem delegar quando estiver doente, para o mandar para o Hospital para ter por mim, um AVC ?
Afinal onde está a entreajuda entre colegas?
P'ró caraças !!!
Afinal o Senhor dos Anéis é que tem razão ... embora eles falem, falem, e a gente não os vê a fazer nada!

- É Inadmissivel !!!

 
At 09 fevereiro, 2009 20:00, Anonymous Anónimo said...

Caro Vítor Oliveira,

Sou fã confesso do circo, desde o tempo em que o Avô me levava ao Coliseu, ali às Portas de Santo Antão.

Recordo-me dos elefantes e dos tigres, dos anões e das pernas das trapezistas, com aquelas meias de rede e os fatos muito reduzidos para a época e para a imaginação de um miúdo.

Recordo-me das aparições dos palhaços, sobretudo de duas figuras que geravam uma atmosfera de felicidade nas crianças: o “Palhaço Rico e o “Palhaço Pobre”. As nossas traquinices e diabruras desaguavam, mitigadas, absorvidas ou absolvidas, nas tropelias de tão desastrados figurantes. Iam-se as dores, iam-se as penas, ia-se o frio, iam-se as lágrimas.

Claro que passados tantos anos as diferenças são muitas. Na altura, a função decorria apenas na época Natalícia enquanto que agora o espectáculo se mantém em cartaz durante todo o ano.

E, num certo contexto conhecido de muitos, “a palhaçada” entrou na fase da adolescência. E já há, por aí, muitos subservientes e oportunistas que, criados nas “barracas do circo”, animam o “espectáculo” com números de “contorcionismo e de malabarismo”, na esperança de chegarem a “sócios da companhia”.

Mas, a mudança maior, foi a do “Palhaço Rico”.

O “Palhaço Rico” tornou-se num snob de roupas feias e sem brilho, uma sempre preparada sinistra lágrima falsa e “saltos altos” como os monarcas absolutistas europeus do Barroco.

O “Palhaço Rico” é um idiota que trata os coitados dos palhaços pobres como estúpidos e ignorantes.

O “Palhaço Rico” prepara tudo para os palhaços pobres fazerem figura de urso, caírem, virarem-se contra o seu semelhante, encherem-se de nódoas negras, beberem veneno, apanharem uma pneumonia ou ficarem a precisar de “um grande banho”.

O “Palhaço Rico” maltrata os palhaços pobres e destrata todos os que contestam a sua actuação.

Como se não bastasse tudo isto o “Palhaço Rico” “toca” sempre clarinete ou saxofone. “Toca” sempre músicas de caixa de música, coisas dramáticas e/ou melancólicas, lágrimas de crocodilo para finalizar a actuação “ah, a vida é terrível e cruel, ah, o que nós fazemos para rir, ah, o que é rir, ah, vida miserável”.

Não basta levar a casa abaixo com a humilhação demorada (e com requintes de malvadez, óbvio, ou não fazia rir), ainda tem de acabar criando uma sensação de mal-estar em toda a gente.

O “Palhaço Rico” é gente que não interessa a ninguém, é um manipulador de que ninguém precisa.

Por favor, livrem-nos deste "circo"!


Nota: Registe-se o necessário pedido de desculpas a todos os verdadeiros artistas de circo que não têm nada a ver com este filme.

 

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